Poster (Painel)
142-1 | Bioprospecção e identificação de leveduras fermentadoras de xilose para produção de etanol | Autores: | Varize, C.S. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Lopes, L.D. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Christofoleti-Furlan, R.M. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Silvello, C. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Cadete, R.M. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Rosa, C.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Basso, L.C. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) |
Resumo Atualmente há uma grande demanda mundial por biocombustíveis em substituição aos combustíveis fósseis, por estes apresentarem danos ao ambiente (contribuição com gases do efeito estufa), terem um alto custo e constituírem uma fonte não renovável e próxima do esgotamento. A utilização da biomassa lignocelulósica é uma atraente alternativa para a produção de biocombustíveis (etanol de segunda geração), uma vez que a lignocelulose é a maior constituinte do material vegetal. A hemicelulose é o segundo mais abundante polímero da fração lignocelulósica, e é constituída em sua maior parte por D-xilose. Esta pentose tem despertado muito interesse para a sua utilização, uma vez que é o segundo açúcar mais abundante do material lignocelulósico. São conhecidas algumas espécies de leveduras não-Saccharomyces que realizam a bioconversão da xilose em etanol, no entanto, ainda há uma carência por linhagens que consigam realizar esta bioconversão de forma eficiente. Este estudo teve por objetivo isolar e identificar leveduras com capacidade de fermentar xilose e produzir etanol. Foram isoladas leveduras de madeira em decomposição utilizando-se o método descrito por Cadete et al. (2009). Foram realizados ensaios fermentativos, e as análises para determinar o consumo de xilose e quantificação de etanol foram estimadas por cromatografia líquida de alta performance (HPLC). As linhagens que apresentaram melhor desempenho quanto à produção de etanol foram identificadas pela amplificação da região D1/D2 da subunidade 26S do gene RNA ribossomal de levedura seguido de sequenciamento pelo método Sanger. As sequências foram submetidas a um Blastn no NCBI e os resultados que apresentaram maior identidade e cobertura com cada um dos isolados foram utilizadas para alinhamento e construção de árvore filogenética para identificação do gênero. Foram obtidas 83 linhagens com capacidade de metabolização de xilose, dentre elas, quatro destacaram-se com maior capacidade de produção de etanol, são elas: I38 (3,48 g L-1), I54 (3,37 g L-1), I65 (2,73 g L-1) e I29 (2,58 g L-1). Tais isolados foram identificados como pertencentes aos gêneros Spathaspora sp. (I38 e I54) e Candida sp. (I65 e I29) e mostraram valores de produção de etanol equiparados a linhagens de referência na literatura: Spathaspora arborariae HM19.1A e Scheffersomyces stipitis NRRLY7124. O presente estudo demonstrou o potencial biotecnológico de linhagens de leveduras isoladas de madeira em decomposição para produção de etanol. Palavras-chave: Isolamento, Leveduras, Xilose, Identificação, Lignocelulose |